
Então o acto divide-se em três partes que dura mais ou menos um quarto de hora, primeiro o pato começa a rodear a pretendente, abanar-se e a segredar-lhe a cantiga do bandido com sons e afins. Passados cinco minutos, lá a donzela se começa a pôr a jêto de rabinho no ar e o patólas a muito custo, devido ás penas serem muito escorregadias, lá se põe em cima dela a fazer o que todos os bichinhos gostam. Mais cinco minutos passados com mais sons e afins, acontece o mais giro do momento, a queda do herói, devido ao movimento súbito que ela faz ás costas e lá cai o gajo de calhostras de patinhas para o ar. Seguem-se os últimos cinco minutos desta odisseia sexual, com a patinha toda satisfeita e consolada a dar ao rabinho e também o saciado sortudo alegre a tentar recolher o seu órgão reprodutivo em forma de rosca e a pingar paulatinamente.
1 comentário:
Realmente, um interessante relato personalizado à essência-linguística do próprio autor que lhe confere uma descrição com "toda a pinta", como seria de esperar.
E a isto se chama – SERVIÇO PÚBLICO.
De facto, quase não havia, em tempos, casa "campestre" que se prezasse que não tivesse a dita "capoeira".
Também a mim me couberam tarefas no mundo-das-aves-domésticas onde a busca dos ovos no ninheiro, e alguns deles em locais de díficil acesso, eram catados aqui pela catraia que se esgueirava em pequeno lugar, e só pelo chamar materno é que de lá saía depois de várias tentativas frustradas de tentar fazer as galinhas voarem, afinal: “Se tinham asas porque não voavam?”
(Mais tarde, a vida ensina, que não basta saber voar ou ter asas para levantarmos certos voo).
Da cópula dos galináceos, lembro-me de me questionar porque o Galo "afinfava" bicadas na nuca da Galinha-Parceira e a “arrepelava” nas penas, enquanto se deleitavam! Depois percebi que é mesmo por uma questão de equilíbrio: ele apoia as patas sobre as asas entreabertas da parceira e para não cair segura-se às penas da nuca.
Na certa, agora, todos aguardamos o teu próximo relato: O PERCURSO DE UMA PÉROLA ENGOLIDA E ANSIADA PELO MUNDO DA RIQUEZA…é que soa mesmo a Odisseia!
Enviar um comentário