segunda-feira, 3 de março de 2008

O Meu Tempo de Tropa


Pois é, cá estou eu a desvendar os piores 11 meses da minha vida ... Sim, foi até ao momento o tempo mais mal passado da minha vida. Isto, porque fui pra lá obrigado, já trabalhava e foi só a perder dinheiro, não é que ganhasse muito! Encontrei muita corrupção, injustiças, maus vícios, tédios, enfim! A única coisa positiva que tirei de lá, foi o Sargento do meu pelotão ter dito á malta que os problemas se resolviam a olhar em frente e não a olhar pra baixo. Fiz a recruta no Porto na Barca d'água na arma de transmissões, que foi uma mais valia para o resto do tempo de tropa. Depois passei para o campo tiro de Alcochete como 2º.Cabo de transmissões. Apanhei a 1ª. guerra do golfo, o que fez com que estivéssemos sempre em prevenção. Ao contrário da recruta, tinha muito boas condições de serviço e estadia. O Pessoal das transmissões controlava o bar e o refeitório com a contrapartida de darmos umas chamaditas de borla e como na altura ainda não havia telemóveis, era de extrema importância a comunicação para o exterior. Como a parte de transmissões estava num edifício novo, eu tinha um quarto só pra mim, alcatifado com telefone, casa de banho privativa, tínhamos vídeo, televisão e chamadas telefónicas á descrição. Apesar de tudo mau que aquilo significava para mim, em relação á maioria era um lorde no meio militar. Mais informo que pertencia á 3ª. Companhia, 2º. Pelotão da Escola Prática Transmissões do 2º. Turno do ano 1990.

5 comentários:

Anónimo disse...

A tropa fez de ti um homenzinho.
E que bonito que ficas de cabelinho curto!
Lembras-te, tinhas vindo pro escritório nessa altura, eras tão «pecanino»!
Foi giro ver estas fotogrgafias depois de tantos anos...
A farda ficava-te bem.
Recordações que ficam... marcas de vida...

Anónimo disse...

Podem não ter sido os melhores meses da tua vida, mas serviram para te dar alguns ensinamentos que te fizeram crescer, só por isso já deve ter valido a pena o sacrificio!..Ficavas bem de farda e de cabelo curto tambem, ainda me recordo de ti assim!..

Anónimo disse...

Frisson
Ivete Sangalo

Meu coração pulou
Você chegou, me deixou assim
Com os pés fora do chão
Pensei: que bom

Parece, enfim, acordei
Pra renovar meu ser
Faltava mesmo chegar você
Assim, sem me avisar

Pra acelerar
Um coração que já bate pouco
De tanto procurar por outro
Anda cansado

Mas quando você está do lado
Fica louco de satisfação
Solidão nunca mais

Você caiu do céu
Um anjo lindo que apareceu
Com olhos de cristal
Me enfeitiçou

Eu nunca vi nada igual
De repente
Você surgiu na minha frente
Luz tão brilhante
Cometa em forma de gente
Invasor do planeta amor
Você me conquistou

Me olha, me toca
Me faz sentir
Que é hora, agora
Da gente ir

Anónimo disse...

(...) a maravilha que deve ser escrever um livro: a invenção dentro da memória; a memória dentro da invenção; e toda essa cavalgada de uma grande fuga, todo esse prodígio de umas poligâmicas núpcias, secretas e arrebatadas, com a feminina multidão das palavras: as que se entregam, as que se esquivam; as que é preciso perseguir, seduzir, ludibriar; as que por fim se deixam capturar, palpar, despir, penetrar e sorver, assim proporcionado, antes de se evaporarem, as horas supremas de um amor feliz.
Não há matéria mais carnalmente incorpórea; nem outra mais disposta a por amor ser fecundada.
Como se pode interpretar de outro modo esse velho lugar-comum de ter um filho, plantar uma árvore, escrever um livro?
Só se em todos os casos se tratar de grandes e inevitáveis actos de amor: com a Mulher, com a Terra, com a Língua.
Mas de plantar árvores e ter filhos haverá sempre muita gente que se encarregue.
De destruir árvores também; de estragar filhos igualmente.
Em compensação, um livro, um livro que viva, multiplicado, durante alguns anos ou alguns séculos, e que depois vá morrendo, sem ninguém dar por isso, mas nunca de uma só vez, até ser enterrado na maior discrição ou até se ver de súbito renascido, inesperadamente ressuscitado, um livro com semelhante destino - luminoso por mais obscuro, obscuro por mais luminoso -, isto é que foi sempre o que me empolgou.

David Mourão-Ferreira, in 'Um Amor Feliz'
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... vai fazendo exercícios de escrita, pra que um dia, possas sentir algo semelhante! Desejo-te SORTE!

Anónimo disse...

.. até os pézinhos são perfeitos....