sábado, 22 de setembro de 2007

Adoro - Te

Porque tu me adoras
Porque sinto a tua falta
Porque te chamo loucura
Por respeitar os teus sentimentos
Na subtileza do teu encanto
Na emoção do teu olhar
Por me lembrar de ti nos momentos felizes
Por gostar do gosto de gostar de ti
Porque não precisas de me ter para me sentir
Porque tenho orgulho na tua pessoa
Por sentir a vontade do teu espírito em usufruir da vontade que lhe pertence
Por me enfeitiçares o espírito no esquecimento do feitiço
Devido à cumplicidade existente na nossa relação
Pela imensa satisfação que me dás ao pensar em ti
Com todo o respeito que me mereces
Devido á consideração que me estimulas em momentos de reflexão
Porque tenho uma grande admiração pela tua capacidade de evolução
Por conseguir fazer-te mais feliz cada momento que vives
(Escrito no Ano de 2004)

13 comentários:

Asas disse...

Porque será que gosto tanto disto?...
Parabéns! Um cantinho especial para alguem TÂO especial.... sensibilidade notória.. só podia, nascendo de ti.

Anónimo disse...

vindo de ti nada me surpreende!..
está espetacular!..

David Minderico disse...

É tudo graças a quem ao longo dos anos me porporcionou adquirir tal sensibilidade ... (nina)
Ainda bem que está espectacular, mas continuo a acreditar que ainda vou conseguindo surpreender ... (anóninmo)

Anónimo disse...

Desde o inicio a minha preferida. Conseguiste surpreender-me … Parabéns pelo blog ... Parabéns pelos textos ... e principalmente parabéns por seres como és. Continua a lutar pela verdadeira razão do teu Ser e Sê feliz

Anónimo disse...

Adivinhava-se o impacto que ia ter..

David Minderico disse...

Parabens é uma palavra motivadora de algo mais a alcançar, vou tentar merecer por isso. (piti)
Muito promissor o adivinhado impacto, mais uma vez vou tentar não desiludir . (anónimo)
Bem , essa do sossegaditas é Devinal...Digno de uma Diva Defensiva. Quem será! (anónimo)

Anónimo disse...

ADORO .... as retic�ncias que tenho de usar...

Anónimo disse...

"Há palavras que nos beijam,
como se tivessem boca"...
Alexandre O'Neill

Há sentimentos que não conseguimos expressar e quando isso acontece achamos que as palavras não bastam.

Estas..foram mais que suficientes..
Bem...Sublime!
(Foi como um beijo que recebi)

Anónimo disse...

E a verdade esteve sempre no olhar ... como na fotografia.... porque as palavras não conseguiam ser ditas....

Anónimo disse...

“Há pessoas que só sabem amar na ausência, na distância, na certeza de uma proximidade previsível e meticulosamente programada, onde o amor é dado a conta-gotas como se de uma panaceia se tratasse.
Há pessoas que vivem com mais intensidade o amor ausente, perdido, esquecido ou ultrapassado, que saboreiam na solidão o prazer do reencontro, que partilham em sonhos e pelos fios do telefone sem fio os seus desejos e vontades com maior afecto e doçura do que se estivessem ao nosso lado.
É desta matéria que são feitos os amores platónicos.
No segredo de uma sala onde só a música se ouve, no recolhimento de uma cama de um só corpo, nas saudades mudas e raramente partilhadas com aqueles que se ama.

Felizmente há outras formas de amar. Só que são mais difíceis, custam a aprender e cansam-nos muito mais.
Ainda não encontrei em nenhum dicionário o verbo dar como sinónimo de amar, mas talvez ainda não seja tarde.
Porque não concebo outra forma de amar que não seja a da partilha dos afectos e do despojamento de tudo aquilo que somos, com tudo o que de bom e de mau isso possa representar, nos braços daquele que amamos.

Um grande amor nunca se faz sem entrega, e se não há entrega então é porque não há amor.
É como quem ama a vida: nunca tem medo de se entregar a ela, mesmo que isso lhe custe a sua própria existência.
Quem tem medo da vida e da vontade acaba por não viver.
Eu só sei amar assim, com mãos estendidas e o coração sem defesas.
Chamam-me romântica.
Eu acho que sou apenas lúcida.
Se não viver assim, com o coração fora do peito, embalada por um sonho que me aquece o corpo e o espírito nas noites de mais um Outono morno e luminoso, sei que a tristeza pode tomar conta da minha vida e a seguir à tristeza ou vem a indiferença ou a loucura, que afinal podem ser e tantas vezes são a mesma coisa.

Nascemos todos para amar mas demoramos muitos anos a aprender que amar nem sempre é um verbo recíproco.
Se essa fosse a primeira coisa a descobrir, viveríamos o amor de uma forma muito mais justa e serena.
E cada vez que ele fosse correspondido, aceitaríamos tal presente como uma preciosidade, uma raridade, um bem de valor incalculável e inestimável.

O amor platónico é um amor egoísta e estéril e devia ser proibido.
É como se Mozart nunca tivesse vendido as suas sinfonias, como se Monet escondesse os seus quadros, como se O’Neill recusasse partilhar com o mundo o seu espólio poético.
O amor platónico é um erro, um absurdo, um disparate, um acto gratuito, quase criminoso.

Só aceito o amor platónico quando já não existe nenhuma outra forma de o viver.
E só há uma impossibilidade real na vida; chama-se morte, é sempre inevitável, quase sempre inesperada e infelizmente irreversível.
E quando ela chega e leva o nosso amor, então nessa altura, se pode viver um amor platónico, espiritual, sofrido, triste, desgastado, perdido e sem esperança.
Mas enquanto estamos vivos, é preciso saber viver o amor, esquecer as mágoas e matar inseguranças e acreditar que vale a pena amar alguém, que vale a pena partilhar o nosso amor, mesmo que quem o recebe não saiba abrir as mãos para o agarrar.

Se os homens sentissem mais e pensassem menos, talvez Platão se tivesse ocupado com outras teorias mais produtivas.
Ou talvez não.
Afinal de contas não era mulher.”

O Erro de Platão, As Crónicas da Margarida – Margarida Rebelo Pinto

Anónimo disse...

Amamos mais uma pessoa por pensarmos que ela nos é fiel? Deixamos de amá-la quando sabemos que ela nos foi infiel? Ou passamos a amá-la menos? Não. o amor não se mede numa escala de fidelidades. O que pode acontecer é que isso perturbe a nossa segurança emocional. O que tememos afinal? O que nos faz doer? O conhecimento de que outro praticou sexo com terceiro? Não. Na verdade, é o receio de que o outro, ao partilhar intimidade, possa partilhar afectividade.

O que me faz sentir ciúmes não é o facto do outro ter tido prazer com terceira pessoa. Na verdade, é o medo que eu sinto de o outro continuar a desejar essa outra pessoa, em detrimento do desejo que possa ter por mim. Em suma: é o medo que sinto do que possa existir ou vir a existir para lá do mero prazer momentâneo e ocasional.

Nesta fase da minha vida, em que já vivi muita coisa, não me incomoda o facto de a pessoa que amo "dormir" com outra pessoa. Não lhe terei menos amor por isso. Não farei disso um campo de batalha. Nem sequer tomarei isso como um facto relevante nas minhas decisões ou opções. Porque, independentemente da vontade, absolutista, que eu tenho, de o tomar só para mim, ele é livre de fazer o que entender. Por mais que queiramos prender alguém, jámais o conseguiremos. Nada depende da nossa vontade, quando duas vontades estão em jogo. Importante é mesmo aquilo que sentimos por essa pessoa e o que essa pessoa sente por nós. Nem sequer se trata de respeito. O certo é que, quando fazemos juras de amor e de fidelidade, numa determinada fase da nossa vida, não sabemos como tudo se pode alterar. Como este mundo é complexo. Como o facto de milhares de pessoas coexistirem e inter-agirem, pode influenciar a nossa vida. É importante libertarmo-nos de sentimentos como o ciúme, os quais podem comandar cegamente as nossas decisões.


Ainda assim, apesar destas teorias, não defendo a libertinagem. Acredito na fidelidade. levei muitos anos a libertar-me do ciúme, sem nunca o ter conseguido plenamente. Mas acabei por perceber que, é importante sabermos resistir a situações que possam colocar em causa as coisas que nos são queridas e imprescíndiveis. Quando percebemos que o ciúme resulta do medo que temos da pessoa amada poder vir a nutrir sentimentos por terceiro é porque temos consciência que a proximidade e o contacto íntimo é o melhor condutor do amor. Então, numa relação, cabe-nos evitar a infidelidade a fim de preservarmos o sentimento que temos pelo nosso companheiro. Mas, se a infidelidade acontecer, tenhamos o bom senso de poderar sobre o assunto. Não expulsar o outro da nossa vida pelo facto de ter tido prazer com terceira pessoa. Pois o ciúme não resulta do medo de o perder? Então fará sentido lançá-lo, assim, de mão beijada, à fera? Perde-lo de imediato, sem reflectir? Na minha perspectiva, o importante é reforçar o amor e criar pontos novos de atracção e carinho, pois jámais conseguiremos fazer com o nosso companheiro aquilo que conseguimos fazer com o nosso cão: obediência e fidelidade total. E isto vale para todos: homens e mulheres.

A vida segue sempre o seu rumo, com factos e acontecimentos aos quais somos alheios e nos farão sofrer. A medida desse sofrimento depende da maneira como encaramos a vida e da capacidade de compreensão da própria vida, do como ela é, independentemente do como gostariamos que ela fosse.

.

Gravity - John Mayer

Anónimo disse...

apeteceu-me voltar..
reler, aqui, uma vez mais, este doce "Adoro-te" ...
volto sempre...
a vida, como qualquer caminho, leva-nos.. mas tambem nos traz...
um "Adoro-te" assim ... uma só razão...

p.p. disse...

ADORO-TE!
estou ali... em cada linha escrita